segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"Vampiros? Não, obrigada" - Divagações de uma leitora

Não sei se isto apenas me acontece a mim mas acredito que não. Normalmente quando estou a ler algum livro de fantasia, sejam as personagens principais vampiros, feiticeiros, deuses ou até mesmo humanos, as pessoas deduzem logo que é sobre vampiros sugadores de sangue. Eu consigo perceber o porque das pessoas olharem para as capas ou para os títulos e dizerem: "Só lês livros de vampiros!". Por outro lado é bastante revoltante quando isto acontece, e a resposta costuma vir acompanhada com um revirar de olhos. Meus caros, fantasia não é sinónimo de vampiros.
Agora, falando sobre os livros de fantasia que realmente são sobre vampiros. Todos nós sabemos que a sociedade neste momento está farta destas criaturas míticas. Por um lado porque nunca gostaram deles, por outro estão fartos de histórias que se desenrolam à volta do mesmo enredo. Sim, é a pura da verdade, consigo dizer pelo menos três sagas literárias em que a protagonista se apaixona por um vampiro centenário. Essa é a história principal, depois tem umas variantes aqui e outras ali.

  1. Twillight - Humana um pouco apática e sem personalidade, a suposta heroína da saga (hello?! alguém realmente vê aqui uma personagem feminina com potencial para tal? se sim, por favor elucidem-me que eu não consigo atingi-lo...), apaixona-se por vampiro centenário, vegetariano, possessivo, capaz de ler pensamentos e não nos esqueçamos que brilha ao sol.
  2. Sangue Fresco - Humana com sangue de fada, capaz de ler pensamentos, apaixona-se por vampiros centenários. Acho que é a melhor forma de o dizer, apaixona-se primeiro por um, depois por outro, entretanto também é capaz de estar apaixonada por outras criaturas que não bebem sangue.
  3. Diário de Vampiros ou Crónicas Vampíricas - Humana apaixona-se por vampiros centenários irmãos (again?).
O que acaba por acontecer é que as pessoas, entenda-se sociedade, começam por desvalorizar todo o tipo de livros que envolvem vampiros. Por mais que apareça um livro/saga absolutamente inovador que envolva estas criaturas dificilmente será bem aceite, talvez até se possa considerar "suicídio literário" colocar no titulo de um livro a palavra vampiro. O que é no mínimo chato, porque acontece existirem sagas realmente interessantes sobre vampiros. 
Corro o risco de ser repetitiva mas tomemos o exemplo de Academia de Vampiros. É uma saga que como eu dizia corre logo no risco inicial de ter a palavra "Vampiros" no titulo, e digamos que não é um titulo muito apelativo. No entanto, a história é bastante interessante, já o disse anteriormente e vou dize-lo novamente, de todos as sagas com vampiros é a minha favorita. Não é sobre uma humana que descobriu que os vampiros existem e se apaixona por um apenas com um trocar de olhares, é mais do que um romance, é sobre amizade e lealdade com uma personagem que cumpre o titulo de heroína feminina. Onde eu quero chegar com este exemplo é que esta saga foi recentemente adaptada ao cinema, estreou nos EUA no dia 7 deste mês, e as criticas que o filme recebeu revelam exatamente aquilo que tenho estado a dizer, a enorme saturação de vampiros no mercado, as pessoas vão para o cinema já com a ideia de que não presta ou que vai ser outro Crepúsculo. Os poucos críticos que foram de mente aberta em relação ao que iam assistir fizeram boas criticas, agora existem muitas que não demostram minimamente o que o livro retrata.
Para terminar apenas quero dizer que sim, existem livros de vampiros que realmente não prestam e aos quais digo "não, obrigada", mas não generalizem, não julguem um livro pela capa, lá por ter vampiros como personagens não significa que esses vampiros brilhem ao sol.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Livros do Momento #36 e Páginas Emprestadas #6

Depois de ter lido Irmãos de Sangue e Ritual de Amor (em breve publicarei a minha opinião a estes livros)  vou finalmente ler Pedra Pagã, o último livro da Trilogia Signo dos Sete de Nora Roberts. É aquele que que me desperta mais curiosidade, quero ver como é que o Gage e a Cybil se vão entender, e como destruirão o "Grande Velhaco".
Sinopse:
A Pedra Pagã existe há centenas de anos, muito antes de três rapazes se terem reunido à sua volta e derramado sangue num pacto de irmãos, libertando inconscientemente uma força malévola desejosa de caos e destruição. Um desses rapazes, Gage Turner, foge do seu passado desde há muito tempo. Filho de um pai alcoólico abusivo, a sua infância na cidade de Hollow foi tudo menos fácil, e só a amizade com Fox e Caleb o salvaram. 
Mas ao libertarem o mal sobre a sua terra natal, iniciando um ciclo de loucura e crime a cada sete anos, Gage sabe que terá que ajudar os seus amigos a salvar a cidade onde cresceu. Depois de uma vida inteira solitária, conseguirá ele criar laços emocionais com as três mulheres a quem está preso pelo destino, em especial Cybil? Uma história de amor em que só abrindo o coração se pode almejar derrotar as trevas.

Boas leituras :)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Autor do Mês - Carlos Ruiz Zafón

E para compensar a ausência de autor do mês de janeiro, este é o segundo autor deste mês de fevereiro.



Carlos Ruiz Zafón nasceu em Barcelona a 25 de setembro de 1964. Inicia a sua carreira literária em 1993 com O Príncipe da Neblina e ganha o Prémio Edebé, a que se seguem O Palácio da Meia-Noite, As Luzes de Setembro (reunidos no volume A Triologia da Neblina) e Marina. Em 2001 publica A Sombra do Vento, que rapidamente se transforma num fenómeno literário internacional. Com O Jogo de Anjo (2008) regressa ao Cemitério dos Livros Esquecidos. As suas obras foram traduzidas em mais de quarenta línguas e conquistaram numerosos prémios e milhões de leitores nos cinco continentes. Actualmente, Carlos Ruiz Zafón reside em Los Angeles, onde trabalha nos seus romances, e colabora habitualmente com La Vanguardia e El País




Podem ver o site do autor aqui.
Eu já li estes três livros e sou fã deste autor. Espero que gostem :)

sábado, 8 de fevereiro de 2014

1º Aniversário

Olá, olá... Não sei se sabem, provavelmente não, mas o blog faz hoje 1 ano! Sim, isso mesmo, 1 ano. Com este primeiro aniversário conheci pessoas fantásticas, que partilham o mesmo gosto pelos livros que nós, para além das pessoas aprendi imensas coisas, uma delas é que é extremamente difícil fazer a dança da vitória enquanto se escreve no pc.
É tão cliché mas o tempo passou mesmo a correr. Eu e a Vilma queremos agradecer-vos imenso por nos terem acompanhado até aqui. Sejamos realistas sem vocês nós estaríamos sozinhas deste lado do ecrã. Quem leria o que escrevemos, com quem partilharíamos as nossas opiniões, ansiedades e desgostos em relação aos livros que adoramos ou que simplesmente não suportamos? Vocês que nos acompanham desde o início e que nos deram força para continuarmos, até mesmo a ti que estás a ler pela primeira vez um post do nosso blog. Um brinde a vocês, nossos leitores.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Autor do Mês - Francis Scott Fitzgerald

Desde já peço imensas desculpas por não ter havido autor do mês de janeiro mas, para compensar, este mês de fevereiro publicarei dois autores.



Francis Scott Fitzgerald nasceu em St. Paul, Minnesota, em 24 de setembro 1896. Filho de um rico fazendeiro do sul e de uma rica católica irlandesa, frequentou as melhores escolas sem mostrar interesse pelos estudos. Frequentou a universidade de Princeton (onde não conclui o curso) e em 1917 alista-se no exército. Publicou o seu primeiro romance, Este Lado do Paraíso, em 1920. Para além de O Grande Gatsby (1925) e Terna é a Noite (1934), consideradas as suas obras mais importantes, é também autor de mais de 160 contos, entre os quais O Estranho Caso de Benjamin Button, que a Presença publicou recentemente na coleção «Grandes Narrativas» e que foi alvo de uma adaptação cinematográfica. Contemporâneo de escritores como Ernest Hemingway e John dos Passos, F. Scott Fitzgerald morreu em Hollywood, a 21 de dezembro de 1940.



No blog podem ver as opiniões d' O Grande Gatsby.
 Espero que gostem :)

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Livros que Enchem Chouriços - Divagações de uma leitora

Quando estava a escrever a minha opinião sobre A Cidade dos Anjos Caídos comecei a divagar imenso sobre este assunto e achei que era melhor escrever um post apenas para este fim.
Eu, muito sinceramente, não percebo o porquê de estenderem histórias por livros e livros quando na verdade não existe enredo para tal. Ok, minto, eu até percebo o que leva os escritores a fazerem isso, na maioria das vezes têm contratos para x volumes e têm de os cumprir, ou então é a sua fonte de rendimento e quanto mais chouriços encherem em livros sem conteúdo nenhum mais dinheiro rende. É algo que para mim me pareceu bem visível nesta saga (Caçadores de Sombras), ela tinha um final aceitável no terceiro volume, para que continuar? Todavia, esta situação já não me surpreende, é algo recorrente em outras sagas, e uma que me salta logo à memória é Sangue Fresco.
Esta é mais uma razão para admirar imenso a J.K. Rownling, soube quando parar, ela organizou tudo antes de começar a escrever, sabia a história que tinha e quantos livros conseguia fazer com essa história, e por mais que os fãs lhe peçam para escrever uma sequela ou uma prequela ela diz que só escreverá se tiver algo que vala mesmo a pena. Poderão argumentar que ela já fez dinheiro suficiente e que não precisa de mais, mas quem não precisa de mais dinheiro? Aposto que mesmo quem ganha o euromilhões continua a jogar, é algo que hoje em dia deve pertencer ao código genético humano, o que temos não chega e precisamos sempre de mais. E para além disso ela sabe que muito provavelmente estaria a arruinar tudo aquilo que escreveu ao adicionar um livro que não fizesse sentido, afinal depois do Voldemort, neste caso, que outro vilão poderia existir? Eu contra mim falo, porque muito sinceramente, eu deliraria com outro livro do Harry Potter, porém lá no fundo sei que a história está bem assim.
Hoje em dia é tão habitual haver o prolongamento de algo que tem um fim à vista simplesmente para render mais uns milhares ou mesmo milhões. E é algo que não se vê apenas nos livros, cada vez mais no cinema se vêm livros a ser divididos em dois filmes segundo o pretexto de que é muito para adaptar. Meus caros, se o conseguiram nos outros livros porque não conseguem com o último? Tudo bem que normalmente o último livro é o clímax de toda a história e provavelmente tem muito mais conteúdo que os outros, é onde tudo se revela... No entanto, não acham que já estão a abusar? Primeiro Harry Potter, depois Twillight (se existe um em que não faz mesmo qualquer sentido é neste aqui, desculpem aos fãs) também o faz e futuramente Jogos da Fome com Mockingjay/A Revolta.
Eu sinceramente prefiro 7 livros com conteúdo, ou até mesmo 3, em que se vê que a história estava super estruturada desde inicio, que o escritor sabia onde iria terminar assim que começou a escrever o primeiro capitulo. Aqueles livros que quando relemos reparamos em pormenores tão importantes para o final que já conhecemos. E quando digo isto penso em Harry Potter, nas  As Crónicas de Gelo e Fogo, em Hunger Games até mesmo em Academia de Vampiros, que não tem estes pormenores assim tão relevantes, mas são 6 livros cada um com a sua história estruturada sem fazer render o pão ou encher chouriços. Prefiro estes livros a outros que tinham possibilidade para também serem boas sagas mas, que se estendem pelos seus 13 volumes, por exemplo, em que volta e meia já não acrescentam nada de novo, as personagens já não crescem, e que por vezes até o contrário acontece, e ocorre sim um retrocesso. Sinto-me enganada como leitora quando compro um livro assim, afinal de contas poderia ter comprado um livro com o qual ficaria bem mais satisfeita, e sinto-me ainda por cima a contribuir para esta ideia de escrever apenas para vender.

"A Cidade dos Anjos Caídos" de Cassandra Clare - Opinião

Sinopse:
A Guerra Mortal acabou e Clary Fray está de regresso a casa, em Nova Iorque, entusiasmada com o que o futuro lhe reserva. Está em treino para se tornar uma Caçadora de Sombras e saber usar o seu poder único e a mãe casar-se com o amor da sua vida. 
Os Habitantes-do-Mundo-à-Parte e os Caçadores de Sombras estão, finalmente, em paz. E, acima de tudo, Clary já pode chamar «namorado» a Jace.
Mas tudo tem um preço. 
Anda alguém a assassinar os Caçadores de Sombras que pertenciam ao círculo de Valentine, provocando tensões entre os Habitantes-do-Mundo-à-Parte e os Caçadores de Sombras, o que pode levar a uma segunda guerra sangrenta. O melhor amigo de Clary, Simon, não pode ajudá-la. Descubra o porquê.

Opinião:
A Cidade dos Anjos Caídos é um livro que me desiludiu de certa forma. Como já referi várias vezes esta saga não começou propriamente, para mim, com o pé direito, isto é, achei razoável, mas depois foi melhorando de volume para volume. Até que no suposto final da trilogia, A Cidade de Vidro, (mas que não era na realidade o final, se não não estaria aqui a dar a minha opinião) posso dizer que até me tinha conquistado, o balanço final seria positivo se tivesse terminado por aí. O problema é que não terminou.
Jace e Clary estão de volta a Nova Iorque e se pensavam que agora iriam ter a sua vida como um casal de namorados apaixonados, algo que nos foi deixado bem claro no último volume, estão enganados. A sua relação está frustrante e eu não faço ideia de como isto aconteceu de repente, tudo bem que nos é explicado algo, mas deixa-me com a sensação de que perdi algo, será que houve um livro pelo meio que saltei? Não, não houve, é mesmo assim... E é algo que seria bem simples de ultrapassar se estas duas personagens falassem uma com a outra, mas é obvio que isso não poderia acontecer! Se isso acontecesse o que seria do resto deste volume e dos próximos dois. Como eu disse, frustrante.
Simon foi sem dúvida a personagem que tomou as rédeas neste livro. Se algo de interessante aconteceu foi quando ele esteve em cena. O que não quer dizer que tudo à volta dele tenha sido positivo, mais uma vez não percebo esta escritora e o porquê de o envolver com Isabelle e Maia ao mesmo tempo, achei desnecessário e mais uma situação em que se as personagens comunicassem entre si não seria grande coisa.
Maia e Jordan juntamente com Magnus e Alec eram as histórias que apontaria o dedo e diria "Isto sim é o que eu quero ler!". Tiveram mais alguma relevância no desenrolar da história mas nada por aí além. Trocaria um destes casais, sem pensar duas vezes, por Clary e Jace, isto até Cassandra Clare não os arruinar também, okay se calhar estou a ser um bocadinho mázinha e exagerar, mas a palavra do dia hoje é mesmo frustação.
O final do livro foi para não variar, previsível (escusam de mandar os foguetes, sim, eu voltei mesmo a utilizar esta palavra neste volume). Afinal como poderia não ser? Tinha que acontecer o que aconteceu, porque pelos vistos ainda existem mais 2 volumes, e tem que haver "história", ou pelo menos algo parecido com isso.