terça-feira, 2 de abril de 2013

Autor do Mês - Emily Brontë


Emily Brontë nasceu a 30 de Julho de 1818, em Yorkshire, Inglaterra, foi uma poetisa e escritora britânica. Autora de Wuthering Heights ou Monte dos Vendavais, na tradução portuguesa, atualmente considerado um clássico da literatura (e um livro que eu recomendo vivamente). 
Filha de Maria Branwell e de um clérigo Irlandês chamado Patrick Bronte, ela era a quinta de seis irmãos. Após a morte da mãe todas as filhas, exceto Anne a mais nova, foram enviados para o Clergy Daughter’s School. Aí as duas filhas mais velhas acabaram por morrer, vitimas de tuberculose. Emily e a sua irmã Charlotte voltaram para casa para junto do pai, do irmão Branwell e da irmã mais nova. Os 4 irmãos para se entreterem costumavam ler Shakespeare e criar mundo imaginários. 
Em 1842 parte para a Bélgica com a irmã, com o objetivo de estudar para mais tarde vir a montar a sua própria escola. Após a morte da tia, volta para casa sozinha onde continua a escrever os seus poemas. 
Em 1845, Charlotte encontra os poemas da irmã e decide publica-los juntamente com os seus e de Anne, sob os pseudónimos de Currer, Ellis e Acton Bell. Apenas dois exemplares são vendidos. 
Apesar do fracasso as irmãs não desanimaram e criaram os seus primeiros romances. Wuthering Heights é publicado em 1847. 
Branwell, viciado no álcool e em ópio, acaba por morrer em 1848. No seguimento de uma constipação no funeral do irmão, Emily acaba por contrair tuberculose e morrer em Dezembro do mesmo ano.


Excertos de Wuthering Heights:

"As minhas grandes desgraças neste Mundo têm sido as desgraças de Heathcliff, e eu vi e senti cada uma delas desde o princípio; a minha grande preocupação na vida é ele. Se tudo o mais perecesse e ele ficasse, eu continuaria a existir; e se tudo o mais ficasse e ele fosse destruído, o meu universo tornar-se-ia um desconhecido onde eu me sentiria como se não fizesse parte dele. O meu amor por Linton é como a folhagem dos bosques; o tempo mudá-lo-á, percebo-o bem, como o Inverno muda as árvores. O meu amor por Heathcliff parece-se com as rochas eternas que ficam debaixo; uma fonte de delícias pouco visíveis, mas indespensáveis. Nelly, eusou Heathcliff; ele está sempre, sempre na minha cabeça, não como prazer, tanto como eu sou sempre um prazer para mim própria, mas como eu mesma; portanto não fales outra vez na nossa separação, pois é impossível e..."

"O quê?Mentiu até ao fim?Onde está ela?Não ali...nem no Céu... Onde está então? Disseste que não te importavas com os meus sofrimentos. Pois eu digo agora, e di-lo-ei até que a língua se me paralise: Catherine Earnshaw, não tenhas repouso enquanto eu for vivo. Disseste que eu te matara. Persegue-me então! Os assassinos devem perseguir os seus assassinos, julgo eu. Sei que almas vagueiam pelo mundo. acompanha-me sempre, toma qualquer forma, enlouquece-me, mas não me deixes nesta caos onde não posso encontrar-te!Oh meu Deus como é inexprimível! Poderei eu viver sem aquela que era a minha vida e a minha alma?"


Desculpem se me prolonguei um pouco. Boas leituras :)

2 comentários:

  1. Este livro é...pfff...sei lá: TUDO!
    Gosto tanto! Óptima escolha para Autor do Mês!

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